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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cap 3- Os Vencedores e o Mundo-

As minorias de Deus


Há organizações religiosas que se ufanam do grande número de membros que enchem seus templos e livros de registros, e neles às vezes baseiam o triunfo de determinada gestão ministerial. Observamos na Palavra de Deus que o Senhor se deleita com poucas pessoas, quando essas poucas pessoas lhe amam e lhe são fiéis e obedientes. O Senhor Jesus sempre considerou seus seguidores como uma minoria; se as multidões se contaminam com o mundo, então Ele quer uma minoria santa, seleta pelo Pai, leal, apartada de um mundo dominado pelo pecado, a avareza, a cobiça, o engano e as aparências. A esse seu pequeno grupo de eleitos, diz o Senhor em Lucas 12:30-32:
"30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino ".Nas Escrituras Santas com freqüência se registram ocasiões em que o Senhor se decide pelas minorias. Por exemplo, antes do dilúvio havia muita gente. A cultura antediluviana havia desenvolvido o suficiente como para que se fale de cidades habitadas por milhares de pessoas; mas a maldade havia se multiplicado de tal maneira, que Deus decidiu varrer de sobre a face da terra os homens que havia criado, porque a terra toda estava corrompida. Dentre tanta gente só um homem, Noé, achou graça ante os olhos de Yahveh*(1), e diz a Palavra de Deus em 1 Pedro 3:20: "... os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água ".Também vemos outro caso no livro de Números, com ocasião do envio dos espias, durante a peregrinação do povo hebreu pelo deserto. Havia necessidade, e por mandato de Yahveh, que se enviasse desde o deserto a uns espias a que explorassem a terra de Canaã; e da grande multidão que compunham os filhos de Israel depois que saíram do Egito e ia pelo deserto caminho à terra prometida, Deus não permitiu que Moisés enviasse a muitos, senão a um grupinho de selecionados por nomes.Diz em Números 13:2 que Deus disse a Moisés: " Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada qual príncipe entre eles ".Outro exemplo clássico encontramos no caso de Gideão. Nos tempos dos juízes; quando Deus entregou o povo de Israel nas mãos dos medianitas, os israelitas clamaram a Deus, e o Senhor escolheu para que os salvasse; um simples jovem da tribo de Manassés chamado Gideão, do qual sabemos como pediu ao Senhor que lhe confirmasse seu chamado mediante um novelo de lã posto à intempérie, a fim de que o Senhor fizesse chover sobre o mesmo ou não; embora que a seu derredor ocorria o contrário. Foi tanta a confirmação e o respaldo que recebeu do Senhor, que a seu chamado acudiram mais de trinta mil israelitas; Mas ao Senhor não interessa muito essas grandes multidões, não seja que por serem muitos, por estarem bem armados, por terem uma boa conta bancária e magníficas relações com o governo e com a sociedade, por ostentarem graus universitários, se louvem a si mesmos e não dêem glória a Deus, pois Ele diz: " Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito " (Zacarias 4:6); e então determina fazer uma seleção de uns poucos, como podemos ler em Juízes 7:2-7:
" Disse o SENHOR a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou.3 Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram.4 Disse mais o SENHOR a Gideão: Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele de quem eu te disser: este não irá contigo, esse não irá.
5 Fez Gideão descer os homens às águas. Então, o SENHOR lhe disse: Todo que lamber a água com a língua, como faz o cão, esse porás à parte, como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber.
6 Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber a água.7 Então, disse o SENHOR a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam a água eu vos livrarei, e entregarei os midianitas nas tuas mãos; pelo que a outra gente toda que se retire, cada um para o seu lugar ".

Com os 300 homens que ficaram com Gideão bastava; a glória seria do Senhor. A Gideão e a seus 300 o Senhor deu três coisas a cada uno: Um cântaro de barro, esse é nosso eu, somos vasos de barro; mas dentro de esse cântaro de barro nos deu uma tocha acesa; esse é o fogo do Espírito Santo dentro de nós; e uma trombeta para dar som de batalha, de juízo e de vitória. Ao romper o cântaro, ao negar-nos a nós mesmos, o que se aproveita é a luz do Senhor, de Seu Espírito, e ao som da trombeta, temos a vitória sobre os inimigos do Senhor, do reino e de nossa salvação. Deus escolheu em Gideão a alguém que confessou ser o mais insignificante da família mais humilde de toda a tribo. Era um vencedor de arrancada. A Palavra do Senhor diz que o espírito é o que dá vida e que a carne para nada aproveita. Além disso, diz que as palavras que nos fala o Senhor são espírito e vida. Em muitas ocasiões são palavras que nos parecem muito fortes, e não queremos comprometer-nos. Como na ocasião em que o Senhor declarava que Ele era o pão de vida, e que o que não comesse Sua carne e bebesse Seu sangue, não poderia permanecer Nele; diz que muitos o abandonaram; não entenderam. Logo diz em João 6:66-67: "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? "

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