Arquivo do blog

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

- A justiça de Deus

Levamos em conta que Deus não nos salva sem tratar com os pecados conforme a lei, já que está por meio da Sua justiça; ou seja, Deus nos salva legalmente. Na cruz recaiu em Cristo todo o peso da lei de Deus, e o Senhor Jesus veio ser nossa justiça. Se Deus passasse por alto a obra de Cristo na cruz para salvar-nos, violaria sua Justiça. Deus quer que nossa salvação seja totalmente ajustada à lei. Qualquer que creia em Seu Filho é justificado por Deus; uma salvação sem sombra de dúvida, legal, aprovada, vicária. Muitos se esforçam por buscar uma salvação errada, fraudulenta, comprada com dinheiro ou com obras de justiça própria. O faz assim Deus? Não. Deus nos salvou "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo " (Tt. 3:5). Deus nos salva legalmente, mas nos salva também aparte da lei. A lei de Deus nos condena, mas Deus nos salva por Sua graça em Sua Justiça. Desde antes da fundação do mundo, Deus se comprometeu a nos salvar por meio de Seu próprio Filho. Diz Watchman Nee:

"O que é a justiça de Deus? A justiça de Deus é a maneira em que Ele faze as coisas. O amor é a natureza de Deus, a santidade é a disposição de Deus e a glória é Deus mesmo. Entretanto, a justiça é o procedimento de Deus, Sua maneira e Seu método. Posto que Deus é justo, Ele não pode amar ao homem só com seu amor. Ele não pode conceder graça ao homem só porque quer. Ele não pode salvar ao homem por que Seu coração lhe disse. É verdade que Deus salva ao homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo conforme a Sua justiça, Seu procedimento, Seu nível moral, Sua maneira, Seu método, Sua dignidade e Sua majestade". (Watchman Nee. O Evangelho de Deus. Tomo I. LSM. 1994. pág.90).Vemos, pois, que Deus, para nos salvar, pelo fato de que nos ama, não toma uma atitude tolerante frente ao pecado. Para salvar-nos, o amor de Deus não trabalha sem justiça. Os pecados dos homens devem ser julgados. Enviando a Seu Filho, ao Senhor Jesus, a que encarnasse e morresse por nós na cruz e carregasse os nossos pecados, Deus satisfaz Seu amor e Sua justiça. Para nos salvar, deve haver um equilíbrio entre o amor e a justiça de Deus. De maneira que enquanto a nossa posição de salvos e filhos de Deus, já nós fomos julgados na cruz com Cristo. Nós recebemos a salvação como um presente, mas Deus pagou um altíssimo preço por esse presente.No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava uma vez ao ano no Lugar Santíssimo do tabernáculo; ali estava a arca do pacto, em cuja coberta, o propiciatório, vertia o sangue dos animais sacrificados, para achar graça de Deus por seus próprios pecados e os do povo. Agora Jesus se tem convertido em propiciatório e Sumo Sacerdote à vez, oferecendo Seu próprio sangue para que nós venhamos pela fé a Deus. Isto o fez Deus à parte da lei; porque se Deus manifesta Sua justiça com base na lei, todos teriam que pagar com a morte eterna. Quão desgraçados seríamos! Não agradamos a Deus mediante nossa própria justiça. O legalismo e o judaísmo levam às pessoas a estabelecerem sua própria justiça, mas a Palavra de Deus não aprova este procedimento. Por exemplo, lemos em Romanos 10:3-4: "3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê". Há pessoas que se esforçam por praticar o bem a fim de apresentarem-se justos diante de Deus; mas Deus tem estabelecido Sua própria justiça na obra que Deus cumpriu em Seu próprio Filho, o Senhor Jesus, e a essa justiça devemos nos sujeitar a fim de sermos salvos.Nossa própria justiça não é suficiente; pelo contrário, nossa própria justiça nega a eficácia da obra do Senhor na cruz. Com base na obra de Cristo na cruz, Deus nos dá total confiança e segurança de que somos salvos eternamente. Na obra de Cristo na cruz se manifesta a justiça de Deus a favor de nós. Ele tem se comprometido nele firmemente por meio de um pacto eterno. Deus jamais invalida Seus pactos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário