As Escrituras dão fé de que a Igreja será levantada pelo Senhor em Sua vinda, evento no qual ocorrerá a ressurreição dos justos e a transformação dos que permanecerem vivos até o glorioso regresso de Cristo. Vejamos acerca desse fato em quanto ao conhecimento de tal evento por parte dos crentes e em quanto à participação no mesmo.
Quanto ao conhecimento do tempo do arrebatamento.
De conformidade com Atos 1:9-11 e outros muitos textos bíblicos, o Senhor virá outra vez. "9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir". De acordo com certos sinais dados na Bíblia, sabemos que Sua vinda não demora, porque ninguém sabe nem o dia nem a hora, Mas podemos saber o tempo em que esse evento ha de ocorrer. Quem saberá o tempo em que o Senhor ha de regressar? Haverá irmãos que, ou por não amar a vinda do Senhor ou por andar preocupados em seus desejos carnais e vida do mundo, vivem despercebidos e esse fato os surpreenderá como ladrão na noite, e a outros, que estarão velando, não.Por exemplo, aos irmãos de Sardes, os que estão marcados dentro do protestantismo denominacional, os que tem nome de que vivem, e estão mortos, o Senhor lhes diz (Ap. 3:3): "Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti". O curioso é que isso mesmo diz o Senhor ao mundo com respeito de Sua vinda. Registramos no texto de 1 Tessalonicenses: 5:2-3: "2 pois vós mesmos (os santos) estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.3 Quando andarem dizendo: (no mundo) Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá (os ímpios) repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão". Uma coisa é o mundo e o crente descuidado, e outra o que vela e ama a vinda do Senhor. Transcrevemos na continuação os versículos seguintes (4-10): "4 Mas vós, (os que velam) irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.6 Assim, pois, não durmamos (não nos descuidemos no mundo) como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.7 Ora, os que dormem dormem de noite (nas trevas do mundo), e os que se embriagam é de noite que se embriagam.8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele". Este texto fala por si só.
Quanto ao tempo do arrebatamento e à participação no mesmo.
A ortodoxia doutrinal bíblica ensina que haverá duas ressurreições: Uma, a primeira, a dos santos na vinda do Senhor, depois da grande tribulação, e a segunda, a dos ímpios, ao finalizar o milênio. Sobre este ponto crucial da Escatologia, através da história se foram desenvolvendo os pontos de vista de várias escolas de interpretação, dos quais destacamos os seguintes.
1. Pós-tribulacionismo. A sã doutrina bíblica é que toda a Igreja do Senhor será arrebatada pelo Senhor e trasladada aos ares, onde nos encontraremos com o Senhor. Quando ocorrerá esse evento? Na última trombeta. "51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:51-52). "16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16-17). Ao ser levantada a Igreja ao toque da sétima trombeta, significa que a Igreja estará aqui na terra durante os sete anos do governo do anticristo, porque ao toque da última trombeta é quando ocorrerá a gloriosa vinda do Senhor e o começo de Seu reino milenar; e isso não ocorrerá senão ao finalizar os sete anos do governo da besta. Vejamos o que diz Apocalipse sobre isso."15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra" (Apocalipse 11:15,18). Este ponto de vista era o sustentado pela igreja primitiva, pois é o que aparece nos documentos do primeiro século, como a Didaqué; logo foi o ponto de vista interpretativo dos chamados pais da igreja, e dos escolásticos; também foi o ponto de vista dos reformadores; por último foi sustentado por várias das grandes denominações da linha reformada e outras; são pós-tribulacionistas inclusive algumas correntes presbiterianas e batistas. Também foram pós-tribulacionistas os irmãos Benjamím Newton e George Mueller, dentro da linha dos Irmãos ou Brethren, os quais se opuseram a Darby.Apocalipse fala dos santos saídos da grande tribulação. "9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.11 Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus,12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.16 Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Apocalipse 7:9-17). O pós-tribulacionismo é o que se chama como a teologia do pacto. Mas o que sucedeu?
2. Pré-tribulacionismo. Não obstante que a igreja primitiva e a patrística sustentavam a interpretação do Novo Testamento no sentido de que a Igreja seria arrebatada depois da grande tribulação, entretanto, no ano 374, Efraim o Sírio, sem demonstrar profundamente, pela primeira vez na história lança a idéia de um arrebatamento antes da grande tribulação; mas não fez muito eco, pois até 1754 é quando retoma este ponto de vista um pastor batista chamado John Gill; posteriormente retomaram suas bandeiras os seguintes: em 1810 um jesuíta chileno de apelido Lacunsa; em 1812, um irmão inglês chamado Edward Irving; também ensinou o pré-tribulacionismo em 1816 uma mulher, ao parecer mística, chamada Margaret McDonald. Mas o que deu o respaldo final foi o irmão John Nelson Darby em 1820, que havia escutado de Eduard Irving. O irmão Darby foi da linha dos Brethren, também conhecidos na história como Os irmãos de Plymouth, intimamente relacionados com a restauração da igreja bíblica e a unidade do Corpo de Cristo. Darby havia sido um arcebispo anglicano, de onde saiu para se unir aos Irmãos em Plymouth. Darby aprofundou e sistematizou o pré-tribulacionismo e o dispensacionalismo. Mas quem deu ampla difusão ao pré-tribulacionismo e ao dispensacionalismo foi o Dr. Scofield com suas famosas anotações da Bíblia, e por esse meio essa corrente de ensinamento teve fácil entrada em muitas denominações. A morte de Scofield, quem retomou as bandeiras do pré-tribulacionismo foi Lewis Sperry Shaffer, fundador do Seminário Fundamentalista de Dallas, Texas, onde se tem formado muitos pastores denominacionais, e autor de una famosa teologia sistemática; de maneira que tem sido meios poderosos para que se difunda o pré-tribulacionismo. Outros influentes pré-tribulacionista tem sido Charles Ryrie, John F. Walvoord, das Assembléias de Deus, e J. Dwight Pentecost, autor da conhecida obra dispensacionalista "Eventos do Porvir", que tanta influencia tem projetado no denominacionalismo.Os irmãos que tem ensinado e difundido o pré-tibulacionalismo merecem todo o respeito, mas devo declarar o que diz a Bíblia, que se aos crentes é ensinado que a Igreja do Senhor será trasladada antes da aparição do anticristo na esfera política mundial, estão lhes enganando. "1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos, 2 a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.5 Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? 6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.7 Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda " (2 Tessalonicenses 2:1-8).Os pré-tribulacionista interpretam o versículo 7 no sentido de que é o Espírito Santo quem impede a manifestação do anticristo, e que o Espírito Santo será tirado da terra ao ser arrebatada a Igreja. Mas tenhamos em conta que o Espírito Santo está em todas as partes, inclusive no Hades. "7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?8 Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também " (Salmos 139:7-8). Isso significa que o Espírito continuará na terra depois que a Igreja for arrebatada ao céu; inclusive estará nas duas testemunhas de Deus cujo ministério se desenvolverá em Jerusalém durante a grande tribulação.*(3) O Espírito não é quem tem detido a manifestação dos grandes impérios mundiais. Deus tem traçado um plano na história dos homens. Medite bem o leitor na estátua do sonho de Nabucodonosor de Daniel 2; aí aparece a sucessão dos impérios mundiais até a vinda do Senhor. As pernas da estátua correspondem ao império romano; logo vem uma explicação mais detalhada disto mesmo nas bestas de Daniel 7. Note que a estátua termina em dez dedos, e a quarta besta (Roma) aparece com dez chifres, dos quais se levantará outro, a besta, que se encarregará de quebrantar aos santos do Senhor (Daniel 7:14-25; Apocalipse 13:5,7; Apocalipse 17:12-13). A Escritura se interpreta por si própria; de maneira que o que impede a manifestação do anticristo é o império romano; ao ser tirado o poder de Roma, aparecerá o anticristo.
*(3) Apocalipse 11_1-12Vemos que para que na história se manifestasse o Império Romano foi necessário que fosse tirado o império grego, e que para que antes houvesse manifestado a Grécia, havia sido necessário que se tirasse a Medo-Pérsia, etc. Muitos ignoram que o Império Romano continuou governando em forma latente. Os bárbaros podiam haver desferido um golpe mortal à Roma imperial, mas esse mesmo espírito continua ao surgir a Roma papal, a qual herdou os poderes imperiais sobre toda Europa e suas colônias, poder que se encarregou de reviver o império romano com o Sacro Império Romano Germânico com Carlos magno e seus sucessores na Europa. De maneira, pois, que estamos vendo um ressurgir do Império Romano no antigo território europeu do império, suas antigas províncias, os países que hoje formam a Comunidade Européia. Daí sairá o anticristo, mas será um império diferente, pois o anticristo "o qual será diferente dos primeiros... e cuidará em mudar os tempos e a lei " (Dn. 7:24,25).
3. Os dois arrebatamentos. Ao analisar os dois anteriores pontos de vista, e talvez vendo em ambos alguma razão, surgiu uma terceira escola de interpretação com os irmãos Robert Govett, G. H. Pember, D. M. Panton, pioneiros da restauração da igreja bíblica, e ultimamente com o irmão Lang, com a convicção de que o arrebatamento da Igreja tem duas etapas ou dois arrebatamentos, um antes da tribulação para as primícias, os vencedores, e outro depois da tribulação para a colheita, ou seja, o resto dos cristãos salvos. Para ele tomam textos bíblicos tanto do Antigo como do Novo Testamento. Este foi o ponto de vista que seguiram e ensinaram os irmãos Watchman Nee e Witness Lee, apóstolos da restauração na China. Mas devemos ter em conta que só há duas ressurreições: Uma no começo do milênio para a igreja, e outra no final do reino milenar, para os ímpios. Também a Escritura fala de primícias da ressurreição, mas diz que as primícias é Cristo. "20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15:20-23). De maneira que Cristo é as primícias da primeira ressurreição; a igreja é a colheita
onde se encontra o livro de robert govett sobre o apocalise em lingua portuguesa?
ResponderExcluirEm português será muito difícil. Você encontrará neste sítio: http://www.schoettlepublishing.com/catalog/govett.htm
ExcluirSabe se encontramos esses dois escritos dele do Apocalipse no formato digital?
Excluirconcordo que haverá sim um arrebatamento para os vencedores,pois a tribulação será como um sol que amadurecerá os [verdes]. podemos chamar estes de CRISTÃOS vencedores tardios,ou seja, seram amadurecidos como fogo intenso da GT.
ResponderExcluirPenso que o arrebatamento para os vencedores é coerente com a maneira que Deus trabalho com seu povo. Em toda história da relação de Deus com seu povo(primeiro Israel e depois a igreja) vemos que Ele julga os rebeldes. Expresso-me dessa forma com pesar, pois eu mesmo não me considero um vencedor.
ResponderExcluirOlá, sofre Efraim o sirio ter ensinado o pré-tribulacionismo é muito questionado pois o texto que é citado é totalmente fora do contexto, sendo que neste a idéia é mais próxima ao pós-tribulacionismo. Veja em:
ResponderExcluirhttp://postribulacionismo.blogspot.com.br/2011/08/escatologia-primitiva-parte-5-efraim-o.html
E o quê acontece com os que morrem na grande tribulação,por não negarem o Senhor Jesus,se já houve a ressureição dentre os mortos.
ResponderExcluirTemos uma única RESSURREIÇÂO para os CRISTÃOS, portanto é bastante difícil defender 2 arrebatamentos ( quem é arrebatado primeiro, não ressucita ? )Esta teoria de 2 arrebatamentos, só aparece no século 19, o que pensar, que até então eram todos ignonantes ? temos de tomar cuidado com as ADVINHAÇÔES
ResponderExcluirIrmãos, estamos aguardando a vinda do Senhor a qualquer momento, conforme somos admoestados pelo próprio Cristo nos evangelhos, ou ao invés, estamos aguardando a grande tribulação, o anticristo, a besta, os juízos por vir, etc...??
ResponderExcluir"Quer venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. Sabei porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Estai vós também apercebidos; porque, numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem....
Irmãos, não se distraiam de Cristo. É muito diferente estarmos esperando a segunda vinda de Cristo (e nisso colocar nosso coração nos eventos por vir), do que estarmos esperando o Senhor que volta (vivendo diariamente em união com Ele, tendo nossas afeições voltadas a Ele). Sobre a sétima trombeta? ... Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." Maranata!